Não desperdice a intuição

Os primeiros 5 minutos de qualquer relação são os mais importantes. Eles dizem se Sim ou se Não.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Enfim sós: eu e o mundo


..."He's headin' back from somewhere
That he never should have been"... 



Acima, Garth Brooks expressa, em sua música The Thunder Rolls, o que eu fiz hoje: voltei de onde nunca deveria ter estado. O Twitter.


Na verdade não cheguei a ficar muito tempo por lá; talvez uns 2 meses. Mas foi o suficiente para experienciar o NADA (como diria Jerry Seinfeld). Aliás, como há coisas para se dizer sobre o NADA!


No começo, como tudo, tudo é novidade. Pensei "vejamos o que há tanto pra se fazer por aqui." "Bom, aqui diz 'What's happening?' (para os mais jovens, 'O que tá rolando?'). E por ai se vai. Dizemos o que estamos fazendo, onde estamos, o que estamos presenciando ou assistindo, largamos comentários ou críticas sobre situações, pessoas, coisas ou fatos, postamos endereços de sites que gostaríamos de compartilhar, fazemos perguntas pra todos e pra ninguém em particular, recebemos respostas de perguntas que nunca fizemos, somos acessados por visitantes transeuntes virtuais, por conveniência (linda palavra que substitui 'Interesse') seguimos (Following) alguns como também somos seguidos (temos Followers) por muitos outros - ou não.
E nesse vai-e-vem de Nada - que não comparo com o vai-e-vem de ondas do mar mas, talvez, com o vai-e-vem de ondinhas numa psicina (nada mais artificial) não me senti bem com a minha exposição. 


Mas o site não está errado. Ele está certo.
Errada estava eu em estar lá e não pertencer aquele local. 
E reconheço que, na verdade, muitos pertencem sim. Muitos se 'acharam' ali, entenderam a proposta e se entenderam com ela. Eu não.  Comecei a vasculhar esse meu mal-estar e acabei por concluir que a gente coloca cortinas em casa para ninguém ver o que fazemos lá. O contra censo é ir direto para o site e contar para todo mundo o que se está fazendo. Não gostamos de ser interrogados em casa, nem sermos checados por ninguém, mas divulgamos a privacidade de nossos pensamentos, gostos, desejos para todo o planeta. Eu particularmente conheço pessoas que se vangloriam por ter centenas de 'Seguidores' e que me disseram não sair de casa para visitar um amigo. Isso me incomodou muito. Cheguei a perguntá-los (não em voz alta, claro) "voce tem amigos ou seguidores?".


Passei a investigar mais, junto a vários seguidores-de-muitos-seguidos-por-outros-tantos, ouvindo seus argumentos sobre toda a liberdade de expressão, de como se conectam com tanta gente diferente, sobre a velocidade em receber informação.  Sinceramente, eu posso redigir uns 15 parágrafos só contra argumentando esses três pontos expostos. 


Mas não vou cansar ninguém com isso. Mas posso dizer que desfilar na Sapucaí por apenas 70 minutos me conectou, de diversas maneiras, a muito mais gente do que eu jamais poderia imaginar; proporcionou uma liberdade interior, uma alegria sincera e um sentimento de estar fazendo um bem a mim mesma, enorme. Agora, quanto ao argumento Informação, me dê licença. Há muita propaganda, há muito Nada e ainda haveria que se falar da credibilidade das informações.


Mas, nos final, está tudo certo. Cada um no seu lugar. 


Eu fico com as cortinas da minha casa.



2 comentários:

  1. Parabéns Lina!
    Adorei o blog e post.

    Um beijo!
    Sdds!

    César

    ResponderExcluir
  2. Parabéns... Senti o mesmo e não saberia explicar melhor!

    ResponderExcluir