Não desperdice a intuição

Os primeiros 5 minutos de qualquer relação são os mais importantes. Eles dizem se Sim ou se Não.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Muitas perguntas sobre o passado e outras tantas sobre o futuro

De novo, já é sexta-feira. E também já é dezembro... e de novo já vai ter ano novo em algumas semanas... Já nem dá mais para perguntar "como foi sua semana?" de tão rápido que tudo acontece...
Melhor é perguntar "como foi seu ano?" assim nos atualizamos mais apropriadamente.

Mas, se se voce decidir responder a esta pergunta, o que dirá?
Dirá à outra pessoa que foi bom, produtivo, corrido, cheio de altos e baixo, mas que no final, continuas caminhando...
Mas isso é o que dirias para outra pessoa. E pra ti mesmo?

Foi bom  ou foi bom como voce queria que fosse?
Claro que houve altos e baixos. Mas houve mais altos ou baixos?
Foi um ano corrido por que tivestes muitos compromissos ou foi corrido por que não te organizastes direito?

Continuas caminhando para seu objetivo, apesar de tudo ou continuas caminhando para ver onde vai parar, pois não sabes ao certo ainda?

Quase ninguém mais faz suas resoluções de fim de ano. Deixaram isso para trás como se fosse apenas uma tradição da época. Provavelmente por que desistiram cedo demais de perseguirem seus desejos, fosse por obstáculos que a vida apresentou ou desencorajamento de outros...

Não faça isso consigo. A vida é uma só, pelo menos enquanto estás nela. Se haverão outras vidas após está, saberemos lá.

Mas enquanto estás nessa, dedique-se com atenção aos seus desejos. Obstáculos virão sim, mas isto é óbvio da vida. Desencorajementos, também haverão. Mas os outros têm seus próprios desejos que não são os seus.

Seus desejos merecem ser vividos por voce, ocorram eles hoje ou em alguns anos, mas que ocorram em sua vida. E o prazer de viver um desejo, esse sim voce levará consigo.

Nada mais.

E no final do próximo ano, quando te perguntarem "como foi seu ano?", voce possa responder apenas com um largo sorriso...


E muito obrigada por compartilharem comigo este ano...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O sentimento de "Pôoooo!"

Voce já fez uma promessa?
Prometeu a si mesmo começar a fazer caminhadas, visitar um orfanato uma vez por ano, começar uma dieta, parar de fumar?... Prometeu a um amigo que iria visitá-lo, que daria um carro ao filho quando este completasse 18 anos, ou a ela que ligaria no dia seguinte?...
Prometeu em sua empresa que daria aumento à alguém, que lhes adiantaria seu tempo de férias, que trocaria de fornecedor ao final do contrato?...
Não cumpriste alguma promessa contigo mesmo ou com alguém?
Já quebraram alguma promessa contigo?

Quando quebramos uma promessa conosco mesmo, nos damos uma infinidade de desculpas, ou mesmo nenhuma. Mas no fundo sentimos, mesmo que pequena, uma culpa por não nos repreendermos, por não termos sido um tanto mais firmes em seguirmos no propósito.
Quando quebramos uma com alguém, damos a desculpa mais eficaz que encontramos, seja verdadeira ou não, e nos convencemos de que foi a decisão acertada no momento.

E quando quebram uma promessa conosco, não importa a razão, desculpa, justificativa que seja, sentimo-nos roubados em nossa confiança depositada.
Assim sentem-se todos aqueles a quem prometemos algo e não chegamos ao fim com ela.

Não importa se foi a promessa quebrada pelo serviço de telefonia, que não cumpre nos fornecer o contratado, se a multinacional não atendeu à promessa de férias coletivas no Natal, se o pai não conseguiu grana suficiente para um carro no sua formatura, se o marido não pode adiar a viagem de negócios no dia de seu aniversário.

Claro, todas estas justificativas são mais do que suficientes para quebrar promessas de compromissos assumidos num cenário anteriormente diferentes. São reais.
Assim como são reais o sentimento de "Pôoooo!". Aquele "Pôoooo" de decepção.

Não há exatamente nada que se possa fazer diante de tais afirmações mas o "Pôoooo" fica entre a boca do estômago e o meio da língua. Sim, por que não chega até a ponta da língua de jeito nenhum!
O "Pôoooo", a gente não fala. A gente engole.
A gente só tem que tomar cuidado para não engolir muito "Pôooo!"
por que ele intoxica, entristece, acaba com a confiança.

Sou mais pelo movimento "Não prometa. Surpreenda."

Aí, quem sabe a gente possa sentir mais o "Ohhhhh!"

sábado, 29 de maio de 2010

Quem voce ve no espelho?

Já li muito por aí o seguinte: "Existem 5 tipos de pessoas. As que são..." ou "Existem 7 tipos de pessoas: as que ..."...  Na verdade quantos tipos de pessoas existem? Não sei. Depende do que voce quer tratar. E ainda assim, será relativo ao momento em que vive.
Se falarmos de altura, por exemplo, há pessoas altas, as de altura mediana e as de baixa estatura.
Altura mediana? Altura mediana em que época? Nos dias de hoje é considerado altura mediana um homem com 1,78, mas há 6 séculos este homem seria considerado alto.
As, hoje consideradas Cheinhas já fora as gostosinhas de tempos atrás... E as magrinhas? Ninguém queria saber delas...

Mas ao se olhar no espelho há sempre dois tipos de pessoas: as que vêem coisas a menos naquele ser refletido e as que vêem coisas a mais.

As pessoas que vêem coisas a menos no espelho são fáceis de se identificar e difícil de convencer sobre as coisas que ela não vê, mas que estão alí.
Elas vêem uma embalagem simples e não dão crédito ao conteúdo. Crêem que o conteúdo, assim como a embalagem, não têm potencial e não se ajudam.

As pessoas que acham que há um terceiro tipo de pessoa, que seria as que vêem o ser como é... essas são as que vêem coisas a mais.

Elas olham e gostam do que vêem. Nada errado até aí. Muito pelo contrário. Estas se ajudam.
Vêem uma boa embalagem com conteúdo valorizado por si mesmas.
A sutileza do perigo está em quanto se é permitido valorizar a si mesmo. Onde está esse limite ou quem o dita?
Se é a própria consciência que pode lhe apontar este limite , (e é): cuidado... Pois há a gigantesca chance de o Ego lhe falar mais alto, dizendo a ele(a) que ainda não atingiu este limite.

É aí que o conteúdo começa a perder terreno para a embalagem.

Olhar-se nos espelho faz bem! Fique feliz com o que voce vê por aquilo que você não vê.
Mas dê ouvidos àquela voz interior, que mais ninguém ouve, quando ela lhe disser que ainda há muito pra melhorar...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Voce está velho

Segundo dicionários, Velho é: o que está gasto pelo uso, que tem muito tempo de existência, desatualizado, antiquado, antigo, ultrapassado, que se deteriorou pelo tempo de uso, que está fora de uso; entre outras definições...

Eu tenho um par de sapatos que está literalmente (segundo as definições que apontei acima) velho. Mas toda vez que faço uma limpeza no guarda-roupas para doações, ele roda, roda e volta lá pra dentro. Não me desfaço dele, por que é bonito (pra mim), por que é mais que confortável, por que tem suas histórias incontáveis (literalmente), por ter feitos viagens que são parte de minha história... Por isso ele ainda tem seu lugar na prateleira, recebe a graxa e o polimento e, sempre que posso, um olhar com com fundo de lembrança.

Mas é natural, de coisas e objetos, ficarem velhos, com exceção de coisas de péssima qualidade que se deterioram antes de ficarem velhos.

Especificamente para mim, o adjetivo Velho me lembra poeira, algo dentro de uma caixa deixada num canto escuro, talvez com teias.

Por isso talvez me é tão inconcebível ouvir que uma pessoa é velha.
Como podem chamar uma pessoa de Velho?

Segundo os mesmos dicionários, Pessoa é: criatura humana, indivíduo notável, ser humano, ser real, entre mais algumas outras definições.

Gente, presta atenção: pessoa não fica velha, o tempo é que fica para trás.
Pessoas, se EU pudesse classificar, são todas iguais, nascem, crescem, pensam, brincam, riem, choram, criam, destroem, aprendem, cantam, bebem água, desaprendem, fazem amor, trabalham, dão trabalho, vagabundeam, vão embora, morrem, deixam saudades. Acho que poderiam ser classificas até pelo que fazem, produzem, ou deixam de fazer com seu cérebro.

Mas já ouvi dizer até que por aí classificam pessoas pelo seu exterior! Pessoas, brancas, negras, amarelas, vermelhas! E pelo santinho que seguem? Ó Deus!  E também distinguem pessoas pelo sexo (e pelo que querem fazer com seu sexo)!

Eu não comemoro o dia Internacional da Mulher por que antes, bem antes, muito antes disto sou uma pessoa. E, isso sim, é discriminação.

Dia do Negro, Dia da Árvore, Dia da Mulher, Dia do Doente.  Pra mim, isto é velho.

Se voce está vivo, todo dia é dia de voce, de homem, de mulher, de árvore, de animais, dos doentes, dos sãos, da natureza, da humanidade. Um pensamento pode ser velho. Gente não.

Agora, se voce não pensa assim, voce está velho.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Enfim sós: eu e o mundo


..."He's headin' back from somewhere
That he never should have been"... 



Acima, Garth Brooks expressa, em sua música The Thunder Rolls, o que eu fiz hoje: voltei de onde nunca deveria ter estado. O Twitter.


Na verdade não cheguei a ficar muito tempo por lá; talvez uns 2 meses. Mas foi o suficiente para experienciar o NADA (como diria Jerry Seinfeld). Aliás, como há coisas para se dizer sobre o NADA!


No começo, como tudo, tudo é novidade. Pensei "vejamos o que há tanto pra se fazer por aqui." "Bom, aqui diz 'What's happening?' (para os mais jovens, 'O que tá rolando?'). E por ai se vai. Dizemos o que estamos fazendo, onde estamos, o que estamos presenciando ou assistindo, largamos comentários ou críticas sobre situações, pessoas, coisas ou fatos, postamos endereços de sites que gostaríamos de compartilhar, fazemos perguntas pra todos e pra ninguém em particular, recebemos respostas de perguntas que nunca fizemos, somos acessados por visitantes transeuntes virtuais, por conveniência (linda palavra que substitui 'Interesse') seguimos (Following) alguns como também somos seguidos (temos Followers) por muitos outros - ou não.
E nesse vai-e-vem de Nada - que não comparo com o vai-e-vem de ondas do mar mas, talvez, com o vai-e-vem de ondinhas numa psicina (nada mais artificial) não me senti bem com a minha exposição. 


Mas o site não está errado. Ele está certo.
Errada estava eu em estar lá e não pertencer aquele local. 
E reconheço que, na verdade, muitos pertencem sim. Muitos se 'acharam' ali, entenderam a proposta e se entenderam com ela. Eu não.  Comecei a vasculhar esse meu mal-estar e acabei por concluir que a gente coloca cortinas em casa para ninguém ver o que fazemos lá. O contra censo é ir direto para o site e contar para todo mundo o que se está fazendo. Não gostamos de ser interrogados em casa, nem sermos checados por ninguém, mas divulgamos a privacidade de nossos pensamentos, gostos, desejos para todo o planeta. Eu particularmente conheço pessoas que se vangloriam por ter centenas de 'Seguidores' e que me disseram não sair de casa para visitar um amigo. Isso me incomodou muito. Cheguei a perguntá-los (não em voz alta, claro) "voce tem amigos ou seguidores?".


Passei a investigar mais, junto a vários seguidores-de-muitos-seguidos-por-outros-tantos, ouvindo seus argumentos sobre toda a liberdade de expressão, de como se conectam com tanta gente diferente, sobre a velocidade em receber informação.  Sinceramente, eu posso redigir uns 15 parágrafos só contra argumentando esses três pontos expostos. 


Mas não vou cansar ninguém com isso. Mas posso dizer que desfilar na Sapucaí por apenas 70 minutos me conectou, de diversas maneiras, a muito mais gente do que eu jamais poderia imaginar; proporcionou uma liberdade interior, uma alegria sincera e um sentimento de estar fazendo um bem a mim mesma, enorme. Agora, quanto ao argumento Informação, me dê licença. Há muita propaganda, há muito Nada e ainda haveria que se falar da credibilidade das informações.


Mas, nos final, está tudo certo. Cada um no seu lugar. 


Eu fico com as cortinas da minha casa.



segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A Mentira dos Tempos


Ninguém vai acreditar. Não importa. Mas é verdade. E isso também não importa.
Somos humanos e isso implica em permissão para acertar, errar, raciocinar, mentir e acreditar no que se quer acreditar.

Voce vê aquela pessoa. AQUELA pessoa. Olha, observa, desmembra seus detalhes, scaneia sua imagem mentalmente, deseja aproximação, imagina, bola planos de abordagem, sonha acordada, relembra o encontro, revê as palavras usadas, vasculha na memória por vestígios de reciprocidade...
Mas quem faz tudo isso acontecer é voce mesmo. Seja num nível mais consciente ou não, todo esse processo ainda assim se passa na cabeça, não no coração. Ou seja, é voce que 'escolhe' ainda que de modo 'inconsciente', se apaixonar...  e exatamente por não reconhecer quando e onde estes processos se encerram é que costumam dizer que 'não controlamos' o gostar, o querer...
Certo, talvez não seja mesmo controlável, exatamente por grande parte de tudo isso se resolver e se processar numa área quase QUASE inacessível.
E é lá que estão as coisas aprendidas, percebidas, coletadas, reunidas por toda uma vida, desde seus primeiros dias de vida nessa terra. É todo esse conjunto de informações que fazem de voce esse VOCE de hoje, com essa visão de mundo, com esses desejos, com suas manias, com esses gostos... E é muita, muita informação mesmo, que só o melhor computador do universo, nosso cérebro, em suas funções psíquicas mais profundas, processa com maestria e lhe guia como que 'instintivamente' pelo mundo da sobrevivência, dos desejos, dos gostos, da felicidade... ou em direção oposta.
"Sei que ele não é a pessoa certa pra mim, mas gosto dele. Fazer o quê? A gente não manda no coração!"             Mentira.

Escolher a pessoa errada (ou certa) não tem nada haver com o coração. Tem haver sim com sua 'bagagem', com sua história, com a história da sua família e até dos seus antepassados... (e não estou me referindo a nada de 'espiritual', vidas passadas, etc... - e não digo aqui que creio ou não nisso, ok? - estou apenas me referindo a essa sua existência, sua história de vida).
É claro que manipular essas informações, mexer com o emaranhados das emoções, sentimentos e vivências de toda uma vida é trabalho para um profissional da área, um psicólogo, que sabe como investigar, acessar e produzir condições para que a própria pessoa se conheça e se reconheça como indivíduo em controle de sua vida.

Mas, se eu puder dar uma única dica que possa evitar 'encontrar a pessoa errada'...  
Acabaram de se conhecer. Conversam sobre várias coisas e, no meio delas surge o papo do ex dele (ou dela) e ele (ou ela) comentam as falhas do ex, da falta de apoio, de carinho, de atenção, e quase que se coloca em posição de vítima e nesse instante voce se pega pensado: "Ah, isso não... eu jamais faria isso. Coitado(a)... Se eu tivesse a chance... iria cuidar dele(a) direitinho.... Tadinho..."           Pronto. Pensou isto? Então levanta, dá uma desculpa e vai embora.  Por que?  Porque se ficar alí vai ser uma 'cuidadora de coitadinho'. Vai pegar aquela Sarninha, bonitinha, simpática só pra ter o prazer de ficar se coçando depois.

Se tem gente que gosta de cuidar dos outros, por profissão ou por questões humanitárias, ok. Estamos aí cheios de instituições, ongs, eventos que necessitam de voluntários. Mas que seja de forma consciente. Mas não dá pra levar pra casa, casar e ter um relacionamento com todos os necessitados de atenção que encontrar. Mesmo por que, deve-se olhar no espelho e se perguntar "por que estou buscando um 'coitadinho' pra mim?"; será que também não está querendo atenção e reconhecimento?

Mas também sei que não é fácil se fazer essa pergunta e ainda pretender ouvir a própria resposta que não esteja envolvida numa mentirinha pequenininha que pregamos em nós mesmos com a finalidade de nos dar algum conforto e nos dizer que estamos sim em controle de nossas emoções. Pois ninguém gosta de não se sentir em controle de si mesmo.

Vemos na TV programas documentários que mostram o maior bandido de todos os tempos, o maior assassino do século, o homem mais rico do mundo, a mulher mais alta do mundo... Mas voce sabe quem é o maior sabotador da sua vida? Voce mesmo. Ninguém é mais poderoso ou capaz de botar seus sonhos à frente ou de derrubá-los quanto voce mesmo.

Vida. Dirija com cuidado

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O Adorável Mundo Novo pode ser detestável


Hoje eu tinha um outro tema totalmente diferente em mente. Eu ia falar sobre um Sábio que conheço.
Mas algo inesperado, nas últimas horas, tomou-me este teclado das patas... É... patas mesmo, de bicho... mas outro dia explico o por quê das patas...

Que delícia ver a chuva chegando, e voce há quilometros de sua casa, lembrando que deixou roupas no varal e as janelas escancaradas do seu quarto para ventilar o ar com cheiro forte do sinteko fresco de poucos dias atrás... Sim! Delícia se voce tem um celular nas mãos e pode ligar pra casa e pedir pra alguém te socorrer nisso. Se fosse em 1994, ( como deve ter ocorrido comigo mesma) teria que voltar voando pra casa.

E que moleza é preparar uns comes e bebes pra receber seus amigos que avisam que vem quando já estão na portaria. Sim, por que voce pode abrir seu freezer, pegar uns saquinhos de pão de alho, mini pães pré assados, uns patês, saquinhos de snacks, umas garrafinhas de Ice Something, passar um spray anti-cheiro-de-algo-que-não-está-bom no Living, botar um dvd do Garth Brooks Collection no home theater, ligar o ar e pelo interfone mandar o pessoal subir e depois ainda tirar umas fotinhos com eles de seu mobile.  Mas, receber os amigos em 1977 não era assim não...

A gente nem liga mais para as maravilhas que nos cercam (e cercam mesmo). O freezer na cozinha, o home-theather, o dvd, o blue-ray, no living, o(s) celular(es) na bolsa tocando um bip stereofônico avisando que chegou um sms span da operadora, o laptop na mesa com seu Mail encoberto pela proteção de tela, e que não deixa voce ver que chegou uma mensagem totalmente indesejada enviada para Undisclosed Recipients (leia-se Todo Mundo que Voce Conhece, mais aqueles que Voce Não Conhece e que Não Deveria Receber essa Mensagem) e que trata de algo que voce disse em segredo pra alguém, e não se sabe como, agora até a província de Xi'an na China, também está sabendo. E dá vontade de sumir nessa hora. Saltar de Bungee Jumping de uma ponte deve dar o mesmo sentimento. (Aliás é outra coisa que não existia anos atras como há hoje, brincar de morrer de medo).

Esse poder avassalador de: 1- mandar e-mail, 2- para Undisclosed Recipients, 3- usar o Bcc (mandar pra um sem que o outro saiba, na cara dele), e 4- ainda usando Alias (um nome que voce cria quando não quer os outros te achem) ou até  5- criar um falso e-address em serviços de e-mail gratuitos, tudo isso quando combinados com má fé, falta de escrúpulos, ganância, ignorância ou maldade tem levado relacionamentos para o buraco, profissionais para a rua, negócios à falência, amizades ao fim, e, em todos os casos, à insônia, às dores de estômago e de cabeça.

Como se não bastasse falarmos a "5ª língua mais difícil do mundo", onde falar o Português fluente não é pra todo mundo, e por possuirmos uma língua riquíssima em sinônimos, colorida, quente, emocionante, com história, (e que muitos bravos lutaram pra salvar desse assassinato lento para que os que se recusam a estudar possam se sentir incluídos), e é onde exatamente toda essa riqueza exige todo cuidado em sua manipulação para que o que se quer dizer seja realmente dito e não mal interpretado... onde todo cuidado com a produção da comunicação é pouco, muito pouco... ainda temos que cuidar em não correr o risco de ver a comunicação ser mal direcionada (e agora acho que aqui caberia dizer até MAU direcionada).

Esse adorável mundo novo e high-tech, cheio de anglicismos (essas palavrinhas inglesas que forram nosso vocabulário hoje) também tem seu lado B, seu lado detestável. Ainda assim, a culpa reside nas pessoas, muito provavelmente naquelas que falam "a nível de" e quando são corrigidas dão com os ombros, naquelas que não lêem livros.

Não dá vergonha de saber que os brasileiros lêem em média 1,2 livros por ano (e eu ainda to achando que essa informação, da Câmara Brasileira do Livro, está exagerada) e passamos mais de 3 horas por dia na frente da TV?

Pense nisto com carinho...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Mulher é como Gengibre


Certa vez fiz um curso de Química em Culinária, muito interessante por sinal.  Nele aprendíamos que o Gengibre, por exemplo, ao ser ingerido antes das refeições, tem a propriedade de 'ativar'o apetite e aguçar o paladar. Isto o torna muito eficiente para crianças que não tem muita vontade de comer no horário de almoço... Ou... se servido a adultos, num drink antes do almoço, tornará a refeição mais aplaudida, devido a percepção dos sabores. Outra coisa interessante é que uma das reações física à sua ingestão seria a dilatação das pupilas. Essa informação pode ser muito útil!

Sabe-se que, por instinto,uma pessoa sente-se mais atraída por outra se esta estiver com suas pupilas dilatadas. Li também sobre pesquisas que ao apresentar a um homem duas fotos idênticas de uma mesma mulher, (sendo que numa foto Y apresenta-se com suas puliplas dilatadas), o homem não entende (nem percebe) o por quê de sua escolha pela tal foto Y. Mas é natural, visceral, instintivo. Então, aquele mesmo drink servido antes do almoço também pode ir para 'aquele' encontro. (Se der certo, só conte a ele anos depois. Senão é capaz de ele ir ao Procom por propaganda enganosa.)

Vi ainda que o Ginseng na verdade não pôde ser classificado como uma raiz que 'faz isso ou aquilo'. Na verdade sua mais potente propriedade é ser Regulador. Segundo a explicação que tivemos de nosso professor (aliás ainda não sei se ele era um Engenheiro químico com enorme sensibilidade, um sábio cozinheiro ou um cientista culinário culto e de mão cheia): se algo em seu metabolismo estiver muito acima ou muito abaixo, o que ele faz é regular, trazer um pouco a mais para a normalidade daquela função e, desta forma, devolver, seja o bem-estar ou maior vigor que andava sentindo perdido.

Na verdade este curso foi muito mais útil e empreguei algumas informações muito mais em minha vida, no geral, do que especificamente em minha cozinha. Sorte ou azar de quem come lá em casa. Mas o fato é que tudo isso é muito divertido...  gente, química, fome, o tempo de preparo enquanto rola um drink, um prato bonito, a degustação, as reações, os parabéns no final...

E tudo isso pra dizer que sinto que as mulheres são como o Ginseng. Não dá para 'classificar' que 'mulher é assim...' e isto é que é o melhor! Por sermos mulheres, seres humanos, natureza pensante, nós simplesmente mudamos. O tempo todo. Porque podemos. Porque queremos. Porque temos vontade de mudar. Mudar de cabelo, de roupa, de emprego, de opinião. E até mudar de opinião sobre nós mesmas.

E pra quem quiser experimentar....


(do blog Gastronomia Experimental, postado por Ricardo)

Caipirinha com Gengibre

1 limão
5 colheres de açúcar refinado
1/2 colher (chá) de gengibre ralado
Cachaça
Gelo à vontade.

  • Lave bem o limão e corte em rodelas.
  • Em um copo coloque rodelas de limão e o gengibre. Amasse levemente para que o limão solte seu suco.
  • Adicione o açúcar, a cachaça e complete o copo com gelo.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Viva o Ontem que voce tem hoje nas mãos


Feliz 2010 para todos. Uma Feliz Vida para todos.

Estes não são desejos vazios, mas verdadeiros desejos de realização a toda humanidade. De um jeito simples expresso meu desejo de que todos vivam feliz suas vidas por que na verdade não há tempo a perder quando se trata de sua própria vida, sua existência. Se não notaram, se nunca deram atenção àquela frase comum "a vida é breve", acreditem... é verdade.

Um jovem pode argumentar sobre como pode ser breve se ele tem apenas 22 anos se ainda há mais, no mínimo, outros 40 pra viver. Ponto de vista. Por que até alí, até seus 22 anos, ele já sentiu que passou rápido. Ele não sabe quanto ao resto, mas tem esperança de que sejam mais lentos e de que possa aproveitar melhor. Isto por que ele gosta de viver. Talvez possa até não gostar tanto do modo como esta vivendo, mas gosta de estar vivo. O mesmo se dá para quem tem 17, 63, 45 anos. Até agora, passou rápido.
E depois de amanhã, Amanhã será Ontem. Se voce já sabe disto, reflita sobre o seguinte: Como voce gostaria que tivesse sido seu Ontem? Teria algo que gostarias de ter feito diferente? De ter dito ou não ter dito? Mas ainda há uma chance de mudar o sabor de seu Ontem, pelo menos daqui pra frente. Voce tem o Hoje em suas mãos para torná-lo excepcional ou, no mínimo, agradável às suas memórias. Saiba também que ao alterar o sabor desta memória sua, poderás estar também alterando o de pessoas ao seu redor. Seria mágico se não fosse tão real.

Mas como cuidar de algo tão imprevisível e volátil como o Hoje, o Agora? Uma formula simples de descrever, mas nem tão simples de se aplicar é a auto-observação. Consiste na verdade em dar atenção verdadeira ao que voce faz, em como faz, no exato instante em que faz. Olhando de um jeito mais profundo a questão, seria saborear o que põe na boca, olha com atenção ao animal que acaricia, dar atenção ao móvel onde estás deixando a chave de sua casa, apreciar a textura do tecido da roupa ao se vestir, olhar nos olhos de quem conversas, reparar no canto da porta enquanto está varrendo o chão, sentir o peso da caneta ao escrever em sua agenda. Olhando de um modo mais simples, seria dar atenção a voce e valorizar todos os seus sentidos em suas performances.

Consequências? Voce nunca mais vai esquecer onde deixou suas chaves, vai achar seu café da manhã delicioso e se sentirá satisfeito com seu pão com margarina; notará que o shampoo deixou sim seu cabelo mais brilhante, e que o amaciante usado nos lencóis não cumpriu o prometido. Também notará que os que conversam contigo sentem mais prazer nessas conversas do que antes. Eles talvez nem saibam o porquê, mas seu olhar atencioso lhes transmitiu uma agradável sensação de conversar e ser ouvido.
Que ironia. Muitas vezes cobramos de outros uma atenção maior sobre nós, mas não nos damos o mesmo privilégio. Já estamos em 2010. Já está mais do que na hora de nos tratarmos melhor, nos darmos a devida atenção, afinal, não gostamos de viver?

Que tal experimentar um pouco de auto-observação e, como bônus, melhorar a qualidade de seu dia-a-dia, de seu Hoje, de seu Ontem e, aí sim, de seu Amanhã?

Cuide-se

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A Caixa Postal 39

Quando eu tinha por volta de 4 anos de idade, me lembro de ir com meu pai à agência dos Correios. Lá ele tirava do bolso seu molho de chaves, que na época eu achava impressionante.
Mas uma chave em particular era ainda mais intrigante. A chave da Caixa Postal 39. Ela dava acesso a um mundo misterioso. Tanta coisa interessante (pra mim) chegava por alí. Papeis, envelopes, cartas, pacotes, tudo parecia tão importante quando colocado naquele quadradinho escuro. Meu pai abria e me deixava colocar a mão e pegar o que havia. E enquanto eu coletava e lhe entregava, olhava pra ver sua feição, sua expressão. E ele interpretava muito bem o papel de alguém muito impressionado com tudo o que eu lhe entregava.

Era emocionante minhas idas aos Correios.

Com o tempo as coisas mudaram um tanto. Fui percebendo que muito do que chegava por alí eram tranqueiras. E eu ria muito. É verdade que mesmo ainda sendo pequena tinha um senso crítico muito forte e ficava dizia: "Alguém realmente gastou dinheiro, papel, caneta, barbante, durex, cola, selo, saliva e tempo pra enviar um treco, que vai para o lixo?" Aí, quem ria era meu pai.

Já com 11 anos, (e meu pai tem isso registrado) eu disse: "Um dia vou escrever um livro onde vou contar sobre minha vida, as coisas boas que aconteceram e as minhas tranqueiras; e o título será Caixa Postal 39. Bem apropriado!"

Muitos e muitos anos depois o livro não saiu. Mas o Blog sim.

Bem vindo!